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Estado deve começar abril sob bandeira preta, prevê Eduardo Leite

Se a situação de hospitalizações por Covid-19 continuar alta no Rio Grande do Sul, interferindo diretamente na lotação de hospitais, é provável que o Estado continue em bandeira preta até o final de março e comece abril na mesma situação. Isso foi o que o governador Eduardo Leite (PSDB) informou na manhã desta segunda-feira em entrevista à Rádio Gaúcha. Diante da possibilidade, Leite não descartou voltar ao sistema de cogestão - quando cada município tem autonomia para definir uma bandeira abaixo da sua - a partir dos próximos dias. O tema é avaliado pelo governo estadual. 

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Ainda durante a entrevista, o governador ressaltou que, atualmente, são cerca de 2,5 mil pacientes em UTIs com diagnóstico de coronavírus, enquanto um mês atrás o número era de 800.

No final da manhã desta segunda-feira, a taxa de ocupação de leitos de UTI nos hospitais públicos do Estado estava em 100%, com um total de 2.250 pacientes. Na rede privada, a ocupação é ainda mais crítica: são 1.192 pacientes em UTIs enquanto a capacidade é de 899 leitos, ou seja, 132%. Isso significa que os pacientes são acomodados em outras áreas do hospital e recebem atendimento necessário, porém, fora do ambiente da UTI Covid-19. 

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A lista de regulação do Estado indicava que na tarde de domingo, mais de 300 pacientes aguardavam transferência para UTIs. A lista deve ser atualizada às 16h desta segunda-feira.

O prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) esteve nesta segunda-feira em São Paulo, onde tratou com o governador João Doria (PSDB) sobre a possibilidade de Estados e municípios comprarem vacinas. Segundo ele, o Estado de São Paulo pretende imunizar todos os habitantes até o final do ano, mas não há perspectiva a curto prazo de compras de doses. Sobre a possibilidade de retorno da cogestão e de o Rio Grande do Sul seguir em bandeira preta, Pozzobom afirmou que qualquer decisão da prefeitura dependerá de análise técnicas dos indicadores e do aconselhamento de médicos.

- Todos nós queremos a retomada e a reabertura do comércio. Só que estamos em uma situação tão grave que vamos ter de aguardar essa reunião da Famurs, na sexta, e esperar também porque no sábado fecham 21 dias de bandeira preta, e temos de ver também como está a velocidade de contágio, se com essas medidas mais duras nessas três semanas, conseguiu-se frear ou não a contaminação. Queremos retomar o comércio desde que se possa evitar aumento dos contágios. Vou chegar em Santa Maria e ouvir os médicos, falar com o doutor Lobato, da prefeitura, para saber dos dados técnicos e qual é a situação. Só depois disso vamos poder tomar uma decisão. Não podemos ser irresponsáveis, em hipótese alguma, diante da gravidade da situação, pois tem muita gente morrendo - afirmou Pozzobom, pouco antes de embarcar no avião para retornar a Santa Maria.

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